Ryomen Sukuna: Lendas e Teorias
Um Post sobre: As representações históricas do Sukuna, a Teoria dos gêmeos e a Teoria sobre a técnica inata do Sukuna.
Contém spoilers até o capítulo 220!!!
1. Ryomen Sukuna segundo o Nihon Shoki
Nihon Shoki (crônicas japonesas) é o segundo livro mais antigo sobre a história do Japão e descreve lendas mitológicas e eventos históricos de vários séculos do país. Segundo esse livro, Sukuna é um espectro que apareceu na província de Hida durante o governo do imperador Nintoku (século 4 d.c.).
Ele é descrito como um homem com 2 rostos, um na parte da frente e outro na parte de trás de sua cabeça, e com dois pares de braços e pernas. A altura dele varia de 3m a 54m segundo os relatos, e ele carregava arco, flecha e espada em mãos. Além disso, ele era rápido, inteligente e tinha força sobre-humana.
Sukuna desobedeceu ordens do império e fez pessoas sofrerem, por isso foi derrotado e expulso da província.
2. Ryomen Sukuna segundo as lendas locais
Diferente do registro imperial, as pessoas da província tratavam o Sukuna como um benfeitor e herói, e até cultuavam ele. Ele é considerado o patrono do templo de Senkoji e tem estátuas no local, além de ser adorado em vários outros templos.
Também é dito que foi ele quem introduziu o budismo na província de Hida. Além disso, o santuário Minashi há séculos adora a montanha Kuraiyama como um shintaizan, uma montanha em que uma divindade habita. A entidade sagrada local é desconhecida, então teorias apontam que seja Ryomen Sukuna.
Em poucas páginas de flashback da era Heian, o mangá já representou essas visões sobre o Sukuna. Ele era um monstro temido, mas ao mesmo tempo era cultuado em busca de segurança e prosperidade das colheitas.
Então, Sukuna seria um sábio líder e defensor de sua província. Além disso, suas duas faces representariam o lado forte e o lado compassivo da personalidade dele. Gege representa esse aspecto com a dualidade entre o Itadori bondoso e o Sukuna cruel, ambos dividindo o mesmo rosto.
Uma outra representação do Sukuna, segundo as lendas, é a de que ele é um símbolo de irmãos gêmeos, por ter várias membros do corpo em dobro. Ele também pode ser uma referência a dois gêmeos da história antiga japonesa, e aos filhos do imperador Chuai.
3. Gêmeos em Jujutsu Kaisen
Como já vimos com a Maki e a Mai, gêmeos são vistos como um mau presságio para o Jujutsu. Para ganhar uma coisa, você tem que sacrificar outra. E no caso dos gêmeos monozigóticos, é como se os dois fossem um mesmo indivíduo em dois corpos. Então, não teria como dois gêmeos serem muito fortes. Só um pode sobreviver e ser completo.
Por isso, considerando que o Sukuna representa gêmeos nas lendas, há várias teorias sobre ele ter matado, ou absorvido ou se fundido com seu possível irmão gêmeo em troca de poder. O Sukuna é descrito como uma calamidade natural e como o anjo caído. O anjo da Hana, conhece o Sukuna desde a era Heian, diz que age para cumprir as leis de Deus, e sua prioridade no jogo seria matar o Sukuna.
O Sukuna ter comido ou se fundido com seu próprio irmão gêmeo no ventre em troca de ficar mais forte seria um bom motivo para considerarem ele o anjo caído. Além disso, ele pode ter conseguido superar a lógica dos gêmeos e ter ficado mais forte em dobro. A Maki tinha um corpo forte e pouca energia amaldiçoada, já a Mai tinha um corpo fraco e um uso muito fraco de energia amaldiçoada. Porém, e se em vez de uma morrer, as duas se fundissem? Talvez fosse possível ter as duas forças, tanto no corpo quanto na EA.
Dessa forma, Sukuna teria conseguido as incríveis forças físicas e de energia amaldiçoada que tem. E também lembrem-se que Gege adora antecipar conceitos na história e usá-los novamente depois. Todo esse destaque para os gêmeos com a Maki e a Mai, poderia ser só o presságio para a origem do Sukuna.
Além disso, o Kenjaku falou que Tengen (que também se funde a pessoas) tinha ficado parecido com o Sukuna original. Eles podem ter passado por um processo de evolução de formas diferentes, e esses 3 têm uma ligação do passado que ainda não conhecemos.
4. A técnica inata do Sukuna, o Santuário
O Sukuna também tem várias outras referências ao budismo, além das que já falei:
• A expansão de domínio dele é literalmente um santuário, mas malevolente em vez de benevolente.
• A múmia do Sukuna (não temos certeza se é realmente dele, ninguém afirmou isso) é um Sokushinbutsu, que é um tipo de múmia budista.
Nesse processo, alguns monges budistas entravam em mumificação ainda vivos até a morte, para alcançar a iluminação. Pode ser também que o Sukuna não tenha matado o irmão gêmeo no ventre, mas sim que o irmão fosse uma pessoa iluminada que virou essa múmia. Então ele teria morrido antes do Sukuna, e o Sukuna teria usado ou absorvido alguma parte dele de alguma forma, e virado o anjo caído.
• A técnica do Sukuna se chama santuário, e o termo em japonês tem dois significados pelos seus kanjis:
1 - Santuário, no sentido budista de consagração de estátuas e relíquias.
2 - Grande armário / Cozinha, um local para se guardar utensílios e coisas pessoais.
Todos os golpes do Sukuna até agora se referem à cozinha, como os cortes e o fogo. Além disso, quando ele vai usar alguma técnica que não seja um dos cortes, ele precisa falar "Santuário, abrir" (◼️= santuário). Como se ele estivesse abrindo um armário para pegar um poder novo.
Vocês podem ver mais referências do Sukuna à cozinha neste post do Twitter.
Também é dito no databook que a única coisa de que o Sukuna gosta é comer e que ele é canibal. Ele só deixa Uraume ficar perto dele porque é uma feiticeira Jujutsu e sabe cozinhar muito bem carne humana.
Por conta disso, também há teorias de que o Sukuna pode absorver os poderes dos outros ao comer a carne da pessoa. Então, os poderes ficariam guardados no santuário pra ele usar quando quisesse.
A Rika e a cópia de feitiços do Yuta também parecem funcionar assim, então faz sentido.
Isso combina com o Sukuna que sempre quer ficar mais forte, e também explicaria porque ele mordeu a Hana e arrancou um braço dela em vez de simplesmente matar com um corte.
Ele podia estar querendo absorver a técnica do anjo de anular outras técnicas, que é muito forte e versátil.
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